segunda-feira, 24 de setembro de 2007

terça-feira, 18 de setembro de 2007

ELES SÓ PODEM ESTAR PAGANDO ALGUMA COISA


TÚNEIS DE TEMPO



LEITURAS:

Comment Je Suis Devenu Stupide - Martin Page
Les Mots Pour Le Dire - Marie Cardinal
Intermitências da Morte - Saramago (de novo)
As Veias Abertas da América Latina - Eduardo Galeano
Tännod - Andrea Maria Schenkel

mas cada hora um.

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Tiergartenstr. 232

Tiergartenstr. 232 by day. Tiergartenstr. 232 by night.







não é a rua mais bonita do bairro, aqui perto tem outras bastante arborizadas e mais espaçosas, com casas grandes e jardins bem cuidados. Mas tem sua graça, esses prédios antigos todos amontoados uns com os ombros nos ombros dos outros, sua cara de europa. Minha casa fica do lado esquerdo da foto que tirei à noite, não dá pra ver. Mas dá pra imaginar, não é diferente das outras - é só um pouco mais nova (o que lhe tira a personalidade, na minha opinião. Ou dá, sei lá). Falei com Erika Wendl, disse a ela que vou programar uma visita. Está com 83 anos, mas tem a mesma voz. E a mesma simpatia.

Logo começa a Oktoberfest, pode ser uma boa oportunidade. München é meu lugar preferido nesse país, não há dúvida.
Comprei uma bicicleta. Velha. Digo, antiga. Digo, velha.

terça-feira, 11 de setembro de 2007




Parece que vai chover, não?
Acho que vai. E aqui quando chove, faz um estrago danado. Por que se é uma chuvinha miudinha, não tem tanto problema. Mas às vezes cai cada pé d’água, que vem rolando tudo lá do alto da serra, toco pedra pau bicho afogado, até um peão da mina uma vez boiou por aqui.

Já teve tempos em que a chuva era uma coisa boa, até, nessas terras. Chovia um pouco, parava, dava uns dias pra secar, molhava as plantas, enchia os tanques. Era uma coisa que ia e que vinha. Tem sido assim, até que bastante tempo ficou sendo assim. Minha avó dizia que quando a trovoada trovoava era por que estavam mexendo os móveis no céu. E uma das empregadas de minha mae dizia que a trovoada carregava criança. Claro, as crianças que atormentavam a sua vida – normalmente eu e meu irmão.

Mas faz uns meses voltou a dar essas trombas, já dá pra ver de vez enquando ali no lado onde está mais escuro uns rasgos que a água está fazendo na encosta. Daqui a pouco periga vir tudo pra baixo. Será por que, heim? Que agora voltou a ser assim?

O tempo está esquizofrênico. Antes eu achava essa palavra engraçada, “esquizofrênico”. Esquisita, dava vontade de rir. Mas hoje em dia não acho não. Me parece que tem um sofrimento dentro dela, que é triste.

Não acho graça em ver alguem cair no chão. Não entendo bem o que as pessoas que dão risada vêem de engraçado – pra falar a verdade, me dá até uma dorzinha fria na base da espinha quando eu vejo alguém se machucar. Ou mesmo só cair no chão. Eu não era assim antes. Antes, antes do quê? Antes antes.

Se vai chover de novo essa noite, eu não sei. Pode ser. Não gosto não, minha casa tem as paredes finas, quando chove entra agua pelas frestas e pelos buracos, junto sempre com um vento gelado – acaba que eu não durmo bem, fico tremendo de frio na cama. Mas gosto dos trovões e dos relâmpagos, por que é como se alguém me lembrasse que algo está muito vivo. Gritando e explodindo de tão vivo. Mas não compensa o frio que eu acabo passando dentro de casa.

A água da chuva invade as terras todas, empapando tudo, empapando as figuras das pessoas, parece que tudo vai se acabar, fica um escurão danado, um céu gordo prenhe, esticado de tanta água. Vem e violenta os matos, derruba os barrancos, venta nos bananais e os bichos todos tentam se esconder como podem, mesmo as pessoas correm como se fossem derreter.

E o peito da gente fica assim, como se levantasse da terra hoje e fosse o primeiro dia de todos, com todas as coisas ainda por fazer, as montanhas pra erguer, os mares pra bombear, o ar pra se respirar inteiro.

Hoje ainda vai chover.

sábado, 1 de setembro de 2007

ES REGNET.



Chove. Saia da cidade, dê uma volta, não precisa ir longe. O sol vai estar presente. Mas aqui não sei o que esse vale tem, que chove. Se não é todo dia, é dia sim dia não. Afes.
Já faz um tanto de dias da última postagem... passa rápido. Esses dias tem sido um tanto cheios, alguns jobs meio urgentes pra terminar. Ok.
Ainda não tem geladeira em casa, nem fogão. Mas às Madres de La Plaza, estou comendo direito, não há que se preocupar. E tomando vitamina. De comprimido, que eu não tenho lifidificador. E as frutas aqui ainda não experimentei uma que tivesse assim, a cica forte que as nossas tem.
Fotos generalizadas acima e abaixo, de coisas e coisas.