sábado, 15 de março de 2008

Arroz Tricolor

Aproveitando o ensejo - por que hoje eu fiz uma coalhada que não deu muito certo. Claro, leva-se uns 3 dias pra "fazer" uma coalhada, mas só hoje que vi o resultado. Não parece muito uma coalhada, ficou mais como um iogurte virando a esquina, sabe como? Tipo um iogurte indo embora sem dizer obrigado nem nada? Mas beleza, o sabor não é ruim. Pode ser melhor, mas não é ruim. Vira molho pra salada de pepino, que tal? Enfim.

Mas a receita de hoje no Maravilhoso Mundo Duschenes da Culinária é o Arroz Tricolor. Muito simples. Segue a receita:


Ingredientes: Arroz.
Modo de preparo: Cozinhe o arroz até que esteja macio porém não grudado. Ou tanto faz. Reserve e deixe descansar.


Vá viajar pela Baviera, pela Alsácia, esbarre nos Pirineus franceses, suba até Hamburg e volte 10 dias depois.

O arroz já deve ter tomado o seguinte aspecto (cuidado ao abrir a panela):


Sirva frio, como uma vingança. Em tempo, não fui eu quem deixou o arroz estragar na panela, mas achei bastante plástico o resultado. Batizei o prato de "Arroz Fim-do-Mundo", sou um cara super up-to-date. Bom, vanguardas à parte, tenho mais coisas pra contar e mostrar da minha última viagem.

No último post, disse que ia encontrar Tia Erika e de fato, encontrei. Está uma velhinha muito animadinha, não mudou muito de 16 anos atrás. Inclusive, veio me buscar com o mesmo Audi 80 com que viajamos pela Baviera, Suiça e Austria em 92. Não conhecia o seu filho Florian, mas dessa vez ele apareceu. Gente boa. As fotos abaixo:




No domingo passado, saí de Munique em direção a Stuttgart, para conhecer o meu mais novo parente, Johannes-Karsten Duschenes e sua adorável família. Foi ótimo, me senti de verdade em casa, me trataram como filho. Iris, sua esposa, muito atenciosa e gentil, e Oliver (Ola), filho de Iris, gente finíssima. Uma família sossegada e simpática, foram realmente legais.



Tão legais que Karsten fez questão de me dar uma grana pra ajudar na passagem de trem. O Ola estava junto e resolveu "inteirar" pra eu ir de primeira classe - ou seja, dividimos a passagem em 3 e eu fui de ICE na primeira, feito um rico. Foi massa.




Apesar de ser ICE, atrasou na saída e eu fiquei uma hora esperando na estação de baldeação (eram 3 trens). Mas tudo bem, esperei de rico, mesmo assim. Isso era pra ir de Stuttgart a Strasbourg, na França.




Que bonitinha, essa cidade. Lembram-se daquele slogan anos 80 "Strassburger, você sabe onde pisa"? Não saía da minha cabeça...



Mas que belezurinha de cidade. Parece que saiu de um pop-up book. Toda de casinhas antiguinhas, ruazetas medievais, uma coisa.





E uma boa comida (claro, a € 30,00 se eu comesse mal ia dar um murro na cara do garçon). Foi lá que eu fui encontrar o Rafael (Moraes) e ver o seu espetáculo. Muito bacana, um belo espetáculo. Circomusicoteatral.



Passei dois dias em Strasbourg e de lá pegamos o caminhãozinho do Rafa em direção à sua casa no sul da França.




Saímos às 9 de la matina, paramos em St.Agil onde fica o pessoal da nave-mãe (a companhia de circo) pra deixar umas coisas e trocar de carro. Tcharamram, Rafael numa atitude bastante rafaelística tacou a mão num prego, que atravessou seu dedo espalhando ferrugem por tudo que fosse carne. Que maravilha... o coitado viu o dedo inchar em 5 minutos que nem um baiacú. O mindinho parecia uma porpeta.


Ok, hospital, anti-tetânica, acabamos chegando depois das 3 da manhã em Fusterouau, nosso destino. Eu dormi bem, essa noite, no trailer. Esse da foto. Muito confortável. Esfriava e esquentava, mas era muito confortável.




Aí foi um maravilhoso final-de-semana. Conheci sua casa, os arredores, fizemos passeios. A casa é linda, fica na região de Armagnac, na Gascogne. Típico sul Francês, próximo dos Pirineus. Lindo mesmo.





Blancaluz tinha a visita dos avós, vindos da Argentina, uma gente muito simpática. Jogamos, contamos piada, comemos pipoca, ouvimos música, foi ótimo.


De lá peguei um vôo barato pra Hamburg (era a melhor opção, € 80,00 mais os €20,00 da mitfahr - contra possíveis € 600,00 se eu voasse no domingo a Dusseldorf).


E de novo, aqui estamos.