terça-feira, 18 de dezembro de 2007
LUPI IST WEG
A gente se apega a essa gente. Não é verdade? Bichos. O Lupão era um brother, camarada mesmo. Gente finíssima, valia muito mais que uma porrada de mané que anda por aí pagando de chegado. Era forte, bonitão, pimpão. Era um cachorrasso. Ele e o mano Quincas (outra peça de rara finura) agora estão passeando sobre o tapete de linguíça do céu dos cachorros. Lá não tem parede, as almofadas são fofinhas e quentinhas, bolinhas caem das nuvens, existem mãos acariciadoras espalhadas nas ruas, ninguém solta rojão, ninguém grita, ninguém briga, o gramado é infinito e tá cheio de lugar pra cagar. Cagar e correr, e muitas cadelinhas lindas pra namorar. Lá a gente nunca fica velho nem doente, o pêlo tá sempre brilhando, tem chuva pra quem quer, sol pra quem quer, água e comida boa, carne carne carne e o colesterol não afeta, não existe verme nem jornal, a gente pode fugir sem problema. E todo mundo pode ser líder da matilha se quiser, ou não. É o bicho, o céu dos cachorros.
Pega, Lupi!